terça-feira, 8 de novembro de 2011

FORMAÇÃO OU DEFORMAÇÃO DO PROFESSOR UNIVERSITÁRIO: UM OLHAR SOBRE A UFTM


Comunicação Oral apresentada no 1º Seminário de Ética na Formação do Professor - UFTM - 2011

Zago, J. O. L.(1); Souza, L. M.(2)
(1)Pedagoga – UFTM; Graduanda em Administração Pública – UFOP
jacqueline.nude@proens.uftm.edu.br
(2)Técnica em Assuntos Educacionais – UFTM; Doutoranda em Educação – UFU
luciene.nude@proens.uftm.edu.br

Palavras Chaves: Políticas Públicas – Ensino Superior – Trabalho Docente

As políticas públicas educacionais no campo do ensino superior nos últimos anos apresentam desafios a serem investigados. Diante disso, nos propomos a compreender as especificidades da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) no contexto das universidades públicas federais. O estudo teve como objetivo central analisar as atuais propostas de políticas públicas para a educação superior bem como propor uma investigação dos reflexos do Programa de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais – Reuni na UFTM antes e depois da implantação do Programa. Neste cenário, extremamente contraditório de expansão do acesso ao ensino superior problematizamos a formação dos professores na UFTM e indagamos: quem é o nosso Professor Universitário? Qual espaço encontra para exercer o seu ofício? Como se relaciona com seus pares, demais profissionais e alunos? Está produzindo ou reproduzindo discursos, conhecimentos ou aplicações? Crescendo intelectualmente ou padecendo diante de tantos editais, eventos, reuniões e produções científicas? A metodologia adotada foi a pesquisa documental que envolveu análise tanto de documentos oficiais do Ministério da Educação quanto documentos da instituição pesquisada. Com a investigação em andamento, as primeiras análises demonstraram que embora não se possa negar que o programa tenha de fato expandido o acesso dos alunos ao ensino superior público, a expansão de vagas tanto para docentes como de pessoal de apoio técnico-administrativo não ocorreu na mesma proporção, o que nos leva a inferir que isso contribuiu para uma maior intensificação do trabalho, sobretudo do docente, deformando-o frente às demandas do produtivismo acadêmico em controvérsia à supervalorização da dimensão do ensino.

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